domingo, 21 de dezembro de 2008

O fim de uma legislatura polêmica

Diário Catarinense ; 21/12/2008

É sexta-feira e o relógio do plenário da Câmara de Vereadores de Florianópolis marca 15h07min. Nesse exato momento o presidente Ptolomeu Bittencourt Júnior (DEM) anuncia o fim da última sessão da 15ª legislatura do parlamento municipal.

Encerrava, ali, aquela que pode ser considerada a mais controvertida e polêmica página da história da Câmara da Capital. A inédita cassação de quatro parlamentares – dois por envolvimento na Operação Moeda Verde e dois por infidelidade partidária –, a instalação de quatro Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), uma Comissão Parlamentar Externa (CPE) e uma relação tempestuosa com o Executivo deram o tom dos quatro anos de legislatura.

Deflagrada em maio de 2006, a ação da Polícia Federal (PF) praticamente paralisou os trabalhos dos vereadores por mais de um ano e meio. Nesse período, os dois parlamentares acusados de supostas irregularidades na concessão de licenças ambientais, Marcílio Ávila e Juarez Silveira, retomaram seus postos amparados em decisões da Justiça.

Marcílio renunciou e voltou a atuar na iniciativa privada. Juarez preferiu retomar o seu posto, onde ficou até o último minuto de sexta-feira. Durante a derradeira sessão, Juarez, que chegou a passar 18 dias preso na carceragem da PF, é o que mais usa a palavra. Vereador no quinto mandato, Juju, como é conhecido, foi apontado pela PF como suposto líder do alegado esquema de favorecimento. Político influente na cidade e uma unanimidade entre os funcionários da Casa, ele assegura que sai da vida pública mas não do cenário político de Florianópolis.


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