Diário Econômico - Lisboa - 27/5/2008
«E podemos perguntar-nos como é que os honestos, aqueles que têm a bússola da integridade, podem funcionar num mundo em que há tantos poderosos corruptos e tanta gente sem escrúpulos? Não serão sempre derrotados? Nem sempre. Porque quem optou pela rectidão e renunciou a ludibriar, é levado a desenvolver outras capacidades. É um pouco como o cego que, por não ver, adquire uma extraordinária capacidade auditiva táctil e cenestésica. O honesto desenvolve muito mais a inteligência, a criatividade, a eficiência. Inventa, organiza, constrói, inspira confiança, consegue que lhe dêem crédito. Quando temos de confiar realmente em alguém, ver as coisas bem feitas, somos obrigados a virar-nos para ele. Ninguém, nem sequer o político com menos escrúpulos, pode viver sem isso. Esta é a sua força e, por essa razão, afirma-se e faz com que seja possível viver na nossa sociedade.
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