Não à corrupção
Diário Catarinense ; Roberto Azevedo ; 4/5/2008
A Controladoria Geral da União (CGU) entrou na campanha O que você tem a ver com a corrupção?, iniciada em Santa Catarina pelo promotor de Justiça Affonso Ghizzo Netto, e que, hoje, ganhou caráter nacional. A idéia de lembrar que o ato espúrio inicia com um furar de fila ou colar na prova faz sucesso entre os jovens, "alvos" de seu conteúdo e prováveis protagonistas de uma mudança de cultura no país.
A corrupção está arraigada na história do Brasil. Portanto, 508 anos depois de nosso descobrimento, ainda padecemos de uma solução plausível que abale esta verdadeira estrutura que se instalou no poder público. Mas há, na iniciativa privada, fiéis defensores de suas teias de manutenção. Em síntese: não existe corrupto quando não existe corruptor.
Faz um ano que a capital de Santa Catarina assistiu, atônita, a uma tentativa de quebrar este paradigma com a Operação Moeda Verde, deflagrada pela Polícia Federal. Sem emitir qualquer juízo de valor sobre o papel de cada um dos 54 indiciados no caso, estamos, mais um vez, perplexos com a falta de um andamento para o desfecho judicial.
Quem não tem responsabilidade sobre o que ocorria com o tráfego de influência para a obtenção de autorização de obras tem o direito de estar livre do processo. Quem tem envolvimento comprovado deve ser punido exemplarmente.
É isso, a corrupção endêmica que, por milhares de vezes, feriu o bom cidadão, tem na impunidade um aliado fundamental para o seu prosseguimento. A simbiose entre ambas é tão grande que fica difícil saber o que é causa e o que é efeito.
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